domingo, 27 de abril de 2008

Revolução Nicaraguense

Revolução da Nicarágua



Pré-Revolução

A História da Revolução da Nicarágua, em seu início, se confunde com a vida do general-guerrilheiro Augusto César Sandino.
Influenciado pelas greves de princípios nacionalistas, Sandino aprendia sobre o que é defender uma nação em sua viajem pelo México.


Situação político-social

De volta em 1926, começou a trabalhar numa fazenda de donos estadudinenses, onde começou a regimentar pessoal para o movimento revolucionário. Sua principal visão era a divisão de terras e riquezas por todos os nicaragüenses e expulsão dos fuzileiros americanos de terras nicaragüenses. A Nicarágua encontrava-se nas mãos americanas, com regalias cedidas a eles. A ajuda dos fuzileiros na independência da Nicarágua, fizeram-os achar que haveriam regalias e que terras nicaragüenses eram terras amigas.


Revolução

A guerra era inevitável, acontecendo e se enquadrando em fugas para as montanhas antecedidas de ataques surpresas, numa espécie de “guerrilha”, quando os americanos concordaram sair do país mediante rearranjos no poder político. Acontecendo isso em 1933, foi montada a Guarda Nacional que foi treinada pelos os mesmos estadudinenses que saíram da Nicarágua. A Guarda Nacional tinha como chefe Anastázio Somoza, o mesmo responsável por assassinar em 1934 Augusto César Sandino, numa emboscada.
Em 1936 Somoza dá um golpe e assume o poder na Nicarágua dando início a Dinastia Somoza que vai até 1979.
Após anos de ditadura Somoza, 1960 é reaceso o sonho Sandinista. Influenciada claramente pela Revolução cubana de 1959, a FSLN (Frente Sandinista de Libertação Nacional) que veio a fazer frente com o Partido Conservador que era totalmente pró-im perialismo americano.
Este momento foi marcado pelo aspecto de conscientização da população (também estudantes e intelectuais) que se reuniram em sindicatos; a JPN (Juventude Patriótica Nicaragüense) foi formada. Em 1967 a FSLN se tornou o principal canal do povo na luta armada contra o Somozismo.
O governo de Somoza enfraquecia-se progressivamente, quando 1978 o jornalista Pedro Chamorro que comandava o maior jornal do país em oposição ao regime foi assassinado amando de Anastázio. Os EUA tiraram seu apoio, houve uma insurreição popular que levou uma junta provisória ao poder. Em 1984 foram feitas as primeiras eleições livres depois da vitória da revolução, vencendo Daniel Ortega, líder da FSLN.
A FSLN conseguiu uma administração, nos seus 11 anos no poder, de verdadeiro socialismo: de 52% abaixou-se para 12% da população analfabeta. Conseguiu-se se evidenciar uma reforma agrária; a educação fortificou-se a vinda de professores da França, Alemanha.


Permanências

Somoza fugiu e foi assassinado no Paraguai. A Guarda Nacional que fora expulsa do país, se armou e se agrupou em Honduras com apoio e treinamento americano e argentino. Os “Contra” foram responsáveis por uma guerra contra-revolucionária que deixou mais de 50 mil vítimas e desgastou os sandinistas minando seus portos e em ataques relâmpagos. Em 1990 os sandinistas foram derrotados nas urnas, Violeta Chamorro, mulher do jornalista assassinado assim ia ao poder, dando fim à hegemonia sandinista.


Referências:
OLIC, Nélson Bacic. Geopolítica da América Latina. São Paulo: Moderna, 1992.
BRUIT, Héctor H. Revoluções na América Latina. São Paulo: Atual, 1988.
PRADO, Maria Ligia. A formação das nações latino-americanas. São Paulo: Atual, 1987.
SADER, Emir. Socialismo na América Latina. São Paul o: Atual, 1992.

Um comentário:

M10 disse...

Ótimo texto, valeu pela ajuda!